Escritórios com espaços de trabalho colaborativos vendem melhor porque mostram que são mais flexíveis às mudanças econômicas. Detalhes de uma tendência mundial. Entre 2016 e 2020, edifícios com não menos de 40% de espaço de coworking venderam melhor do que aqueles com ocupação tradicional.
Um relatório da empresa Cushman & Wakefield descobriu que edifícios com espaços de coworking que ocupavam nada menos que 40% de seu espaço de escritório eram vendidos com lucros maiores do que propriedades semelhantes, mas sem essas condições de aluguel. Esses dados dos Estados Unidos, sobre as operações de 2016 a 2020, podem ser extrapolados para o mercado local no Brasil.
No entanto, de acordo com pesquisas feitas no mercado de Chicago, os investidores parecem se sentir mais à vontade quando o coworking representa entre 15 e 30% da superfície dos edifícios corporativos. Entre 2016 e 2020, os edifícios com 40% de áreas de coworking venderam melhor do que outros tradicionais.
Em todo o mundo, os desenvolvedores que atuam no mercado de escritórios estão avaliando cada vez mais o impacto do coworking no valor de seus edifícios. É muito comum que os investidores queiram se sentir confiantes de que vão ganhar dinheiro com a venda de seus imóveis.
Uma situação que, geralmente, pode ocorrer em ciclos de crescimento econômico, quando há um mercado de trabalho forte que impulsiona a demanda por escritórios.
Em tempos de recessão, os fornecedores que trabalham juntos preenchem os espaços vagos e incentivam os novos inquilinos a expandir o prédio sem ter que refazer o contrato de locação.
Mas agora, a modalidade de coworking, que está em forte expansão, abre grandes expectativas sobre se esse sistema de trabalho poderá suportar melhor os períodos de recessão. Nesse caso, as condições de venda podem ser vantajosas mesmo em tempos econômicos desfavoráveis.
À medida que as empresas se voltam para o uso de escritórios compartilhados, plataformas de trabalho colaborativo alugam enormes superfícies em prédios de escritórios para alugá-los em diferentes formatos para novos players.
Assim, em tempos de recessão, vendedores trabalhando juntos podem preencher espaços vagos, encorajar novos inquilinos a expandir para o prédio sem ter que refazer um novo contrato, e pequenas empresas podem alugar pequenos espaços para crescer.
Por outro lado, as empresas melhoram a forma como os edifícios são ocupados e evoluem transformando os equipamentos ou a logística para responder às necessidades que detectam nos utilizadores. O que, por sua vez, garante melhores taxas de ocupação.
Espaços informais de trabalho colaborativo produzem ambientes atrativos e dão origem a novos empreendimentos com potencial de crescimento.
Não é à toa que os investidores veem grandes empresas de coworking injetando vitalidade em edifícios ou fornecendo flexibilidade para que novos inquilinos possam estar mais dispostos a alugar espaços de trabalho mutáveis.
A experiência do usuário, por outro lado, é a ferramenta mais eficaz para melhorar os níveis de ocupação em um escritório de coworking. Os espaços mais eficientes estão gerando melhor ocupação e muita flexibilidade na captação de potenciais inquilinos.
A discussão é se essa modalidade conseguirá sustentar os valores da locação e, por consequência, do negócio em prédios corporativos.
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